Entidades dizem que caso do RJ é inédito e que transplantes de órgãos são seguros e salvam vidas

Walter Jorge João, presidente do CFF, defende a doação de órgãos

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Um caso inédito no Rio de Janeiro trouxe à tona o debate sobre o sistema de transplantes. Assim que a situação veio a público, entidades médicas, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) e o Ministério da Saúde rapidamente se posicionaram em defesa do Sistema Nacional de Transplantes.

Considerado o maior programa público mundial de transplantes de órgãos, tecidos e células, o Sistema Nacional de Transplantes é acessível a toda a população através do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS financia aproximadamente 88% dos transplantes realizados no Brasil.

Transplantes de órgãos são essenciais, tanto para salvar vidas em casos de órgãos vitais, como o coração, quanto para melhorar a qualidade de vida em casos de órgãos não vitais, como os rins. O procedimento oferece a possibilidade de prolongar a expectativa de vida, possibilitando a recuperação da saúde e o retorno às atividades cotidianas.

Entre as entidades que manifestaram apoio, estão o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Córnea (SBC). O presidente da SBC, José Álvaro, ressaltou a importância do sistema: "Nosso sistema de transplante de córnea é reconhecido como um dos melhores do mundo, ajudando milhares de pessoas a recuperar a visão em todo o país."

Além disso, Walter Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), destacou a relevância da conscientização sobre a doação de órgãos: “Doar órgãos é um gesto nobre que pode salvar vidas. Diariamente, milhares de pessoas aguardam por um transplante, sendo, em muitos casos, sua única chance de sobrevivência. Todos nós temos o poder de transformar essa realidade e oferecer uma nova chance a quem precisa.”

De acordo com o Ministério da Saúde, 44.777 pessoas estão atualmente na lista de espera por transplantes no Brasil. Destas, 41.395 aguardam um rim, seguido por 2.320 que esperam por um fígado e 431 que aguardam um transplante de coração. São Paulo lidera com o maior número de pacientes na fila, totalizando 21.564, enquanto o Rio de Janeiro ocupa a quinta posição, com 2.167 pessoas à espera de um órgão.