Dança se destaca como aliada da saúde cerebral, afirma especialista

Peter Attia diz que atividades que combinam movimento e estímulos mentais ajudam a prevenir demência

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Peter Attia, referência internacional em envelhecimento saudável, afirma que dedicar tempo exclusivamente a jogos de lógica, como cruzadinhas e sudoku, não é a estratégia mais eficaz para proteger o cérebro de doenças como Alzheimer e demência. Segundo ele, práticas que unem esforço físico e estímulos cognitivos, como a dança, oferecem resultados mais consistentes.

Attia explica que atividades que exigem coordenação, planejamento e reação simultânea mantêm o cérebro mais engajado. Ele acrescenta que qualidade do sono e pressão arterial controlada também exercem papel importante na prevenção de transtornos neurológicos. As declarações foram feitas durante palestra no evento HSM+, realizado nesta quinta-feira em São Paulo.

Para o especialista, tarefas multifacetadas estimulam áreas cerebrais diversas, diferentemente de exercícios de lógica, que treinam apenas funções específicas. Ele aponta a dança como exemplo de prática que envolve múltiplos padrões cerebrais, ampliando os efeitos positivos.

Attia também cita esportes como o tênis, que exigem movimentos variados, tomada rápida de decisões e resposta contínua a estímulos, oferecendo benefícios cognitivos superiores aos de atividades repetitivas, como a corrida.

Formado em Medicina pela Universidade de Stanford e com especialização em cirurgia pela Johns Hopkins, Attia tornou-se uma das principais vozes globais no debate sobre longevidade. Autor do best-seller Outlive: a arte e a ciência de viver mais e melhor, publicado no Brasil pela Intrínseca, ele também comanda um podcast e uma newsletter voltados à saúde preventiva.