Alerta: insulina regular e NPH indisponível na farmácia popular e redes de farmácias
Laboratório não especificou se a distribuição das versões em caneta dessas insulinas será afetada e também não mencionou se o SUS (Sistema Único de Saúde) sofrerá impacto
A Novo Nordisk informou, em comunicado, que a partir de julho haverá indisponibilidade das insulinas humanas regular e NPH na farmácia popular e na rede de farmácias para o tratamento de diabetes. No entanto, a empresa não especificou se a distribuição das versões em caneta dessas insulinas será afetada e também não mencionou se o SUS (Sistema Único de Saúde) sofrerá impacto.
Conforme o comunicado da Novo Nordisk, a indisponibilidade afetará a Novolin® R (insulina regular) e a Novolin® N (insulina NPH de ação prolongada), ambas em frasco. A empresa justificou a medida citando mudanças em seu portfólio devido aos desafios globais na cadeia de suprimentos de medicamentos, que impactam diretamente o fornecimento de insulinas mundialmente.
O laboratório orienta os pacientes afetados a buscarem "alternativas terapêuticas, conforme orientação médica".
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) manifestaram preocupação com o comunicado do laboratório e informaram que estão participando de reuniões com órgãos e entidades envolvidas no processo e que continuarão em contato com as autoridades competentes para manter todos informados sobre quaisquer alterações.
O diabetes, uma das doenças crônicas com maior impacto no sistema de saúde, tem aumentado no Brasil e no mundo. Dados da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, indicam um aumento de 65% na taxa de adultos brasileiros com diabetes em 15 anos – em 2021, eram 9,1% nesse grupo, comparado a 5,5% em 2006.
Em 2023, o Brasil enfrentou uma escassez de insulina no SUS, necessitando de contratações diretas e abertura de licitação para insulinas análogas, como as produzidas pela Biomm. No início deste ano, a farmacêutica Sanofi, fabricante da insulina Lantus, notificou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre o risco de desabastecimento do medicamento no país.