Desrespeito aos farmacêuticos: CFF protocola denúncia contra o canal Lucky Zee Zee e o Youtube

Produtora de vídeo desrespeitou farmacêuticos em vídeos para crianças, veiculado no Youtube. Conselho pede que material seja retirado do ar

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Viralizou na internet, por meio de uma publicação no canal Lucky Zee Zee - Canções para Crianças, no Youtube, um vídeo em que a figura do farmacêutico é ofendida e tem descaracterizado o seu papel de profissional da saúde, de zelar pela saúde pública. No vídeo, o farmacêutico vende clandestinamente um medicamento que coloca em risco a saúde de várias crianças, sendo perseguido e preso. Um médico aconselha a criança prejudicada a não confiar no farmacêutico.

Diante do flagrante desrespeito e das agressões à figura do farmacêutico, profissional essencial à saúde pública, que tem como missão e obrigação ética a promoção do uso racional de medicamentos, e considerando a desinformação promovida pelo vídeo, o Conselho Federal de Farmácia protocolou denúncia ao procurador Yuri Corrêa da Luz, do Ministério Público Federal em São Paulo. O procurador tem histórico de atuação contra abusos cometidos no uso das redes sociais WhatsApp, Telegram, Facebook, Instagram, Twitter, Titkok e YouTube. O objetivo da denúncia é que o vídeo que agride os farmacêuticos seja retirado do ar e que as plataformas sejam mais criteriosas na veiculação de conteúdo.

Lucky Zee Zee é um canal de animação infantil que divulga músicas e vídeos de cunho “educativo” para crianças. Os personagens do canal são Zee Zee, um urso travesso de 3 anos, sua família e amigos.  A intenção é ensinar bons hábitos, cores, números, boas maneiras e dicas de segurança, entre outros conteúdos. Os materiais são produzidos pela empresa vietnamita LiFoki, que tem endereço virtual hospedado nos EUA. A empresa e o estúdio ficam em Hanoi. A distância não é barreira e, com a internet, os materiais são traduzidos, e veiculados em inúmeros países. 

“Lamentável e inadmissível que operadores de conteúdo tão bem estruturados tenham uma visão tão equivocada e propaguem isso, desinformando um público tão vulnerável como o das crianças”, declarou o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João. “Mais lamentável ainda é que as plataformas veiculem essas informações a milhares de pessoas. Repudiamos a conduta e adotamos as providências necessárias para que esses abusos não mais se repitam”.